sábado, 26 de fevereiro de 2011

MEC aprova Piso Nacional dos Professores, mas greve continua

O piso salarial dos professores da rede pública de todo País será de R$ 1.187,97 em 2011. O valor representa alta de 15,84% sobre os R$ 1.024,67 adotados no ano passado. O reajuste será referendado pelo Ministério da Educação (MEC) como forma de orientar os Estados e municípios e, ainda deve ser publicado no Diário Oficial da União. Mas a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE entende que o valor atualizado deveria ser de R$1.597,87.

O SINTE-PI entende que o momento merece uma reflexão com relação ao reajuste do piso por parte da categoria, em greve desde o dia 14 de fevereiro. Uma Assembléia Geral já está marcada para a próxima segunda-feira, dia 28, às 9 horas, no pátio da Assembléia Legislativa para discutir os rumos do movimento e também o reajuste do MEC. Ainda neste mesmo dia acontecerá, às 15 horas, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, uma audiência pública para tratar das questões salariais e também das condições de funcionamento das escolas públicas estaduais do Piauí.

A presidenta do SINTE-PI, Odeni Silva enfatizou que a greve na educação segue firme e forte. “Só na segunda-feira vamos avaliar o nosso movimento já que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE entende que o valor atualizado do piso deveria ser de R$1.597,87, considerando a aplicação do percentual de 21,71% sobre os R$1.312,85, praticado em 2010”, finalizou Odeni.

Tribunal de Justiça não julgou a ilegalidade da greve dos trabalhadores em educação

O Tribunal de Justiça do Piauí deferiu o pedido de tutela antecipada, determinando que o SINTE-PI suspenda o movimento de greve, 24 horas após receber a comunicação da decisão. Ressalte-se que a decisão cabe recursos e o Sindicato vai recorrer da liminar pedindo a reconsideração. Com relação à ilegalidade da greve dos trabalhadores em educação o TJ não fez nenhum julgamento.

Para a direção do SINTE-PI essa decisão do TJ mostra que a greve é totalmente legal e que ilegal é a decisão do governo de não pagar o que está garantido pelos recursos do FUNDEB, se negando inclusive a receber a categoria para negociar. A presidenta do SINTE-PI, Odeni Silva disse que a greve segue firme e forte até que, o governo demonstre compromisso e respeito aos direitos dos trabalhadores em educação deste Estado. “Estamos cobrando apenas que o governo cumpra a lei e ofereça as condições dignas de trabalho para a educação pública e assim todos aqueles que dependem desse serviço possam tê-lo com qualidade”. Concluiu Odeni.

Os trabalhadores em educação voltam a avaliar o movimento em assembléia geral, na segunda-feira, dia 28 de fevereiro, às 9 horas, na sede da Assembléia Legislativa. Ainda neste mesmo dia será realizada uma audiência pública, às 15 horas, no Plenarinho da Assembléia para discutir a greve na educação. A audiência foi solicitada pelo deputado Evaldo Gomes.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SINTE-PI realizou nova assembléia e greve é mantida 21/02/2011

A assembléia ocorreu na Praça da Bandeira e teve como objetivo fazer uma avaliação sobre a greve, que já entra na segunda semana, e definir novas estratégias para a mesma.

Os trabalhadores em educação do estado do Piauí se reuniram novamente em assembléia, na manhã dessa segunda-feira, 21 de fevereiro. A assembléia ocorreu no Teatro de Arena, da Praça da Bandeira e teve como objetivo fazer uma avaliação sobre a greve, que já entra na segunda semana, e definir novas estratégias para a mesma.

Após a assembléia, os trabalhadores em educação partiram em caminhada até o Palácio de Karnak, sede do governo estadual. Munidos novamente de cartazes, faixas, alto-falantes e coletes com a frase “Educação em greve, a culpa é do governo", os servidores mais uma vez pararam o centro da capital.

A presidenta do SINTE-PI, Odeni Silva, pediu o apoio dos pais de alunos. “Queremos que os pais nos ajudem. Que eles estejam do nosso lado”. A presidenta pediu também a ajuda dos juízes do estado. “Faço um apelo aos juízes. Analisem quem está ilegal, se somos nós ou o governador, que não pagou o nosso piso. O piso era pra ter sido pago em janeiro. Já estamos em fevereiro e até agora nada”, disse Odeni.

“O secretário de educação, Átila Lira, diz nos meios de comunicação que o Piauí é o único estado que está em greve. Mas ele não diz que o Piauí é o único, porque é o que paga os piores salários aos trabalhadores”, desabafa a pedagoga Elisnete Gomes.

Ao chegar ao Palácio do Karnak, a presidenta Odeni Silva pediu ao governador o cumprimento da lei do reajuste salarial e mais compromisso com a educação. “Nós estamos aqui para pedir não só o reajuste, mas também melhores condições de trabalho, pois as escolas do Piauí estão sucateadas. O senhor fez inúmeras promessas para a educação na época das eleições. Queremos que o senhor cumpra a sua palavra”, exigiu a presidente.

A Assembléia Nacional dos Estudantes Livre, a ANEL, comunicou aos trabalhadores que também está a favor da greve. “Viemos aqui para dizer que os estudantes apóiam a greve, pois essa luta é dos estudantes também. A estrutura das escolas prejudica não somente os professores, mas principalmente os alunos. Estamos aqui para dá total apoio a greve e as reivindicações dos trabalhadores, disse Thiago Marden, membro da ANEL.

O professor de história Evandro Moura, fez um pedido aos colegas de luta. “Eu queria fazer um pedido. Qualquer convite de diretor para os professores voltarem ás salas de aula não deve ser atendido. Não aceitem voltar”, solicitou Evandro.

Na assembléia de hoje ficou decidido que as mobilizações de greve irão continuar em todo o Piauí . O estado já se encontra com quase 95% das escolas paradas.

O SINTE-PI informa aos trabalhadores em educação que uma nova assembléia ocorrerá na próxima quarta-feira, dia 23 de fevereiro, às 9 horas da manhã, no Palácio do Karnak.

Autor/Fonte: ascom SINTE-PI

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Trabalhadores em Educação do Estado do Piauí entram em greve por tempo indeterminado


O SINTE informa à categoria que uma nova Assembléia foi marcada para o dia 21 de fevereiro, às 9 horas, no Teatro de Arena da Praça da Bandeira.

Os servidores em educação do estado do Piauí decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão aconteceu em assembléia realizada na manhã desta segunda-feira na praça da bandeira. Inúmeros servidores da educação lotaram a praça para reivindicar seus direitos. E foi decidido por unanimidade não iniciar o período letivo, que estava previsto para começar hoje, 14 de fevereiro.

Os servidores em educação reivindicam a implantação do piso salarial da educação, o reajuste dos técnicos administrativos, melhores condições de trabalho, regularização das férias, da aposentadoria e aplicação concreta dos recursos destinados à educação. Além disso, a categoria protesta contra o aumento de 10% do plano de saúde IAPEP/PLAMTA.
Durante discurso na manifestação, a presidenta do SINTE-PI, Odeni de Jesus, foi categórica: “Não tem outra saída. Esperávamos uma proposta do governo e ela não aconteceu. Agora é greve geral por tempo indeterminado, falou a presidenta, aplaudida logo em seguida pelos trabalhadores presentes. "Cada um aqui é uma agente para mobilizar a categoria. Vamos nos reunir e lutar pelos nossos direitos”, disse Odeni.

Segundo Luis Ermino, professor da cidade de Campo Maior, há muito tempo os professores não realizavam uma mobilização tão grande. “Nesse momento, estou vendo aqui uma mobilização como há muito tempo não se via na nossa classe. Isso é muito importante. O governo tem condições sim de aumentar o nosso salário”.

Para o professor de História, Edílson Rocha, os trabalhadores da educação não tem outra alternativa a não ser a greve “Como se não bastasse a situação de arrocho salarial de vários anos sem reajuste, agora vem o aumento do IAPEP. A resposta dos professores é a greve”, declarou Edílson.

“O aumento do IAPEP é uma vergonha. Eles aumentam o IAPEP e não aumentam o nosso salário. Isso não é justo. Vamos lutar por nossos direitos”, bradou aos companheiros o presidente da regional de Campo Maior, Francisco de Assis.

Após decidirem pela greve, os trabalhadores resolveram fazer uma passeata, partindo da praça da bandeira até a sede do IAPEP SAÚDE para reclamar o aumento ilegal no plano.

Gritando o lema “Trabalhadores unidos jamais serão vencidos” e segurando bandeiras, cartazes e alto-falantes, os trabalhadores pararam as ruas de Teresina e fizeram os teresinenses tomarem conhecimento de suas lutas.

Ao chegar à sede do IAPEP, situada no centro da cidade, os trabalhadores da educação pararam em frente ao prédio e protestaram veementemente contra o aumento do plano de saúde. “Nós somos humilhados quando chegamos a hospitais e clínicas. Quem tem prioridade são os planos privados. Queremos um IAPEP de qualidade. Nós só saímos daqui quando o presidente do IAPEP retirar esse aumento” afirmou a presidenta do SINTE.

Após muitos protestos em frente ao prédio, o presidente do IAPEP, Flávio Nogueira, recebeu uma comissão de trabalhadores para negociar a questão do reajuste do PLAMTA. Ao término da negociação, a professora Odeni, presidenta do SINTE, divulgou para toda categoria que o reajuste do PLAMTA está temporariamente retirado do contracheque do servidor. No entanto, o SINTE e toda a categoria exige que este desconto seja retirado de forma definitiva. “Foi uma conquista, mas ainda é muito pouco, sem falar que não temos a garantia de que o reajuste seja retirado de forma definitiva. Por isso, estamos mantendo o movimento forte e vamos continuar assim até que todas as nossas reivindicações sejam atendidas,” pontuou a secretária de comunicação do SINTE, Eristânia Gonçalves.

O SINTE informa à categoria que uma nova assembléia foi marcada para o próximo dia 21 de fevereiro, no Teatro de Arena, na Praça da Bandeira, a partir das 9 horas da manhã. Contamos com a participação de todas e todos os trabalhadores em educação, bem como de toda a sociedade para mantermos a força do movimento, que já começou de forma ímpar, sendo a de hoje a maior assembléia, em número de participantes, de toda a história do SINTE.

A HORA É AGORA, VAMOS JUNTOS GARANTIR NOSSOS DIREITOS!!!
Autor/Fonte: ascom SINTE-PI

Matéria publicada em: 14/02/11, 08:10

sábado, 12 de fevereiro de 2011

1º CONGRESSO DE EDUCAÇÃO DO SINTE REGIONAL PARNAIBA

"Os educadores têm verdadeira aversão à tecnologia e temos que estar à frente do momento em que vivemos, com as novas tecnologias". Esta foi uma das várias provocações feitas aos profissionais de educação que, nesta quinta feira, acompanharam o segundo dia de palestras do 1º Congresso de Educação do SINTE, que acontece desde quarta feira no auditório do SESI.
Os Pedagogos Jane Haddad e Márcio Azevedo, de Minas Gerais e Rio Grande do Norte, respectivamente, durante todo o dia falaram aos professores de vários municípios jurisdicionados ao SINTE, sobre o dia a dia do profissional do magistério e do seu relacionamento com o aluno, destacando as diversas formas de diversidade e como devem ser tratadas em sala de aula.
Um velho tema voltou a ser colocado na discussão: Por que o professor da escola pública, às vezes utilizando um mesmo livro didático, esforça-se e consegue dar uma melhor aula na escola particular do que na sua escola? E Por que ele, professor de escola pública, sacrifica-se financeiramente para colocar o filho na escolar privada, ao invés matriculá-lo na sua escola, seu local de trabalho?"É como se ele não acreditasse no que faz e nem na capacidade dos colegas", opinaram.
O 1º Congresso de Educação do Sinte prossegue nesta sexta feira, com as seguintes palestras: às 8 horas:"Legislação e diversidade", a cargo de Eliane Dias, graduada em Letras, pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte e pós graduada em psicopedagogia. Às 10 horas a palestra versará sobre "violência simbólica, e o ministrante será o professor Dirceu Moreira, Psicólogo e pedagogo, autor de vários livros, formado em Análise Transacional.Na parte da tarde os dois palestrantes abordarão os temas"integração e inclusão" e " bullyng".
Alguns participantes têm manifestado opinião durante as palestras e todos destacam o alto nível dos palestrantes e quão importante têm sido a abordagem dos assuntos, "que, se postos em práticas, vão ser de grande valia para o professor e para o crescimento e valorização do aluno na sala de aula".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SERVIDORES EM EDUCAÇÃO DECIDEM POR INDICATIVO DE GREVE

“Não começaremos o período letivo se as nossas reivindicações não forem atendidas” falou a presidenta do Sinte, professora Odeni da Silva.

Os trabalhadores em educação do estado do Piauí decidiram por unanimidade não iniciar o ano letivo caso o Governo não atenda as reivindicações da categoria. A deliberação foi tomada, em assembléia geral realizada na manhã dessa segunda-feira, 31 de janeiro, no Clube do Sindicato, com a participação da base de Teresina e representante dos 27 núcleos regionais do SINTE. Para ratificar a greve uma nova Assembléia foi marcada para o dia 14 de fevereiro, às 9 horas, no Teatro de Arena da Praça da Bandeira.

De acordo com a presidenta do SINTE-PI, professora Odeni Silva a luta dos trabalhadores em educação não é apenas pelo piso salarial, mas também pelo reajuste dos técnicos, por melhores condições de trabalho, regularização das férias, da aposentadoria e dos poucos recursos destinados à educação. “Nós, professores, somos a categoria mais desprestigiada no Brasil; quando deveríamos ser autoridades. Entra governo, sai governo e, é sempre a mesma luta. Queremos ser valorizados”, argumentou Odeni.

O secretário de assuntos educacionais do SINTE, professor João Correia, foi enfático, em seu discurso: “Não podemos mais adiar a greve. A hora é agora. Se o governo não atender nossas reivindicações vamos entrar em greve por tempo indeterminado. Nós queremos sim começar o ano letivo mas com melhores condições de trabalho e de salários", finalizou João Correia.

Para o vice-presidente do Núcleo Regional de Campo Maior, Francisco de Assis, os professores merecem ter seus direitos atendidos pelo governo. “Queremos garantir os nossos direitos, como o piso salarial, o reajuste de funcionários, a licença-prêmio, e um IAPEP que realmente funcione. Não é justo pagarmos o IAPEP e ele não funcionar. Queremos que o governo deixe de prometer e faça alguma coisa por nós”, desabafa Francisco.

A direção do SINTE-PI já retoma os trabalhos de mobilização e convoca todos os trabalhadores em educação para assembléia dia 14 de fevereiro, no Teatro de Arena da Praça da Bandeira, a partir das 9 horas da manhã, para ratificação da greve por tempo indeterminado.